Estudiosos acreditam que o forte mau cheiro pode atrair o mosquito transmissor da doença
Embora o forte mau cheiro dos pés humanos não seja agradável ao olfato, o popular chulé se tornou útil para pesquisas de combate à malária, infecção que mata mais de 580 mil pessoas por ano, conforme afirma a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Um estudo da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, na Grã-Bretanha, descobriu que insetos infectados pela doença são mais atraídos pelo odor que aqueles livres da doença.
A holandesa Renate Smallegange, por exemplo, acredita que seu objeto de estudo, o mosquito transmissor da malária, seja atraído pelo chulé.
A partir desta hipótese, Smallegange se tornou uma especialista na fragrância desagradável. Ela chega a recolher meias recém-utilizadas ainda impregnadas pelo 'aroma' e a captar o odor envolvendo com um saco plástico os pés descalços de alguns voluntários.
Por mais limpos que os pés sejam, é praticamente inevitável evitar que o odor seja eliminado dos pés, afinal as extremidades dos membros inferiores contém 600 glândulas sudoríparas por centímetro quadrado, centenas a mais do que nas axilas.
A grande quantidade de sais, glicose, vitaminas e aminoácidos liberados pelas glândulas formam um ambiente propício para alimentar uma colônia de bactérias.
Os microrganismos alimentados, por sua vez, deixam uma mistura de ácidos graxos, responsáveis pela produção do odor característico do chulé.
Devido ao grande número de bactérias nos pés, os microbiologistas têm dificuldades de descobrir quais espécies causariam o mau cheiro, e em que áreas exatas elas vivem.
Fonte: Redação O POVO Online

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