Fiquei sabendo "indagorinha", por um sabiá laranjeira, que depois de muito esforço, a nossa bendita e preciosa água resolveu alcançar as torneiras de um povoado nordestino, após longos meses de espera.
Graças aos "protestos" por eles realizados.
Graças, também, aos políticos responsáveis, que correram atrás da "solução".
Enfim, depois de tudo certo e achando que a "solução" estaria resolvida com a "abundância" de água nas torneiras, veio a ação periclitante.
Abriram as torneiras e arrastaram as mangueiras até as calçadas:
__"Bora tirar o grude?" - gritou, sorrindo, uma das comadres para a outra, que já estava na orgia do desperdício, do outro lado da rua.
E jogavam conversa fora enquanto a insensatez dominava aquelas mentes desumanas.
As calçadas brilhavam com o reflexo do sol batendo na água, as gargalhadas, então, ecoavam em meio a tantas ignorâncias.
Só conseguiam enxergar, portanto, "seus pedaços" de chão, limpos, o cheiro da água sendo evaporada com o sol escaldante, fazendo secar rapidamente toda a trabalheira.
E o céu?... O céu... Nem sinal de chuva.
Deixando bem nítido àquela gente que o pouco logo findará.
E aqui fica a pergunta, que não quer calar:
__Seria Deus o culpado por tantos "castigos" com o nordestino e o resto do mundo?
Paullynho Piancó.
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