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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

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É pecado atender o celular durante a missa?




Um padre responde a esta pergunta de maneira interessante


Desde que vivemos na era dos telefones móveis, inúmeras pessoas os carregam sempre consigo, seja para trocar mensagens, jogar ou simplesmente conversar. É um contínuo olhar sempre para a telinha do celular para ver o que está acontecendo, o que alguém falou, o que me enviaram ou as ligações perdidas.

Nos atos públicos ou espetáculos, sempre se pede: “Desliguem seus celulares”. Algumas pessoas continuam com eles ligados, e não é raro ouvir o som de uma ligação no meio de um concerto ou de uma peça de teatro, para a indignação do resto do público. Será que a pessoa esqueceu de desligá-lo, colocá-lo no silencioso ou no modo avião? É o mais provável, mas não faltam aqueles que não querem desligar seu aparelho de jeito nenhum.

Pois é. As pessoas também costumam levar o celular à missa. E também é comum ouvir o som do celular no meio da celebração. Se o celular está escondido dentro de uma bolsa, então, ele toca, toca, toca, até que se ouve um “Alô?”. Quem atende costuma sair da igreja para falar lá fora. Às vezes se escuta a chamada de atenção dos outros fiéis. E inclusive o padre precisa parar a missa até ouvir o celular parar de tocar.

Certa vez, uma senhora perguntou ao padre: “É pecado atender o celular no meio da missa?”. A resposta do sacerdote foi interessante: “O celular precisa ser desligado quando a pessoa entra na igreja, porque o barulho dele pode impedir você de acompanhar tranquilamente a Eucaristia, e não só isso: atrapalha também as outras pessoas, e até o próprio padre, que se distrai se ele tocar”.

E a mulher insistiu: “Mas é pecado, padre?”. E a resposta do padre foi: “Se você o deixou ligado sem querer, não é pecado. Mas se lembra que ele está ligado e não o desliga, é uma falta de consideração com o Senhor na Eucaristia, com o sacerdote que está celebrando e com os demais fiéis. E se você faz isso com frequência, pode ser sinal de dependência do celular”.

A mulher disse: “Se atendo o celular no meio da missa, mas saio da igreja e vou conversar lá fora, deixo de cumprir o preceito dominical?”. O padre explicou que, se sua intenção era ir à missa, mas recebeu uma ligação urgente, não deixa de cumprir o preceito dominical. “De qualquer maneira, é uma falta de respeito, tanto com o Senhor presente na Eucaristia quanto com os demais fiéis. Meu conselho é que você sempre deixe o celular desligado ou no silencioso; assim, estará mais atenta ao que veio fazer na igreja”, completou.

As ligações quase nunca são urgentes, e podem ser atendidas fora do templo depois da missa. Isso é feito por respeito com relação a quem está no templo: Deus e os fiéis. Se há um problema de dependência, é preciso buscar tratamento psicológico para eliminar essa adição ao celular.

Não se trata, portanto, de ser ou não um pecado, pois não é, mas sim de respeito e de consideração, em primeiro lugar com Deus, que preside o templo. Imagine uma reunião da empresa como chefe: se todos atendessem o celular, o gestor ficaria sem interlocutores na reunião, pois todos estariam com o aparelho pendurado na orelha.

É preciso ter bom senso no uso dos celulares. E evitar dependência. 

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